DREX vai matar o PIX?

Drex o Real Digital

Mais de 90 Bancos Centrais em todo o mundo já estão desenvolvendo ou testando suas próprias moedas digitais. Numa tentativa de acompanhar os avanços tecnológicos que vem batendo a porta há algum tempo. O Banco Central do Brasil também corre atrás do prejuízo e inicia os testes do Real Digital. Carinhosamente chamado de DREX

Quanto essa brincadeira vai custar?

Até o momento a intenção do Drex é ser uma moeda equivalente ao real físico. Só que agindo dentro da plataforma Drex, será um tipo de dinheiro que poderá interagir dentro de Blockchain podendo ser amplamente utilizado em contratos inteligentes, por exemplo. Para transações de maior relevância isso pode trazer mais segurança e agilidade, porém a questão é: será que o Governo poderá confiscar, arbitrariamente, o dinheiro das pessoas que tiverem reservas em Drex, ou melhor, em Real Digital? Muitos vão se lembrar que Collor, nos anos 90 protagonizou esse confisco do dinheiro na Poupança. Depois desse fiasco, alguns mecanismos foram implementados nas Leis para que isso nunca mais acontecesse. Esses mecanismos são válidos para a Plataforma Drex? 

Qual a diferença de Drex para o Pix?

Para ser bem direto, Drex é a representação do Real físico no meio digital. Já o Pix é um meio de transferência instantânea do seu dinheiro para uma empresa ou pessoa física. 

Benefícios do Drex:

  • Fica difícil a lavagem de dinheiro, já que tudo fica registrado na Blockchain.
  • Governo conseguirá identificar muito mais fácil a sonegação de impostos.
  • Dinheiro de Programas sociais como Vale Gás, por exemplo, poderá ser recebido apenas por empresas que comercializam gás.
  • Garantia de recebimento/pagamento caso as cláusulas de Contratos Inteligentes sejam cumpridas, com menos burocracia e menor custo. Exemplo, compra ou venda de um imóvel.

 

Preocupações do Drex:

  • O Governo terá maior controle sobre o Real Digital do que hoje com o Real.
  • A questão de confisco ou bloqueio por parte do Governo fica mais facilitado com o Real Digital.
  • Instituições terão acesso a muitas informações de consumo e transações das pessoas.
  • Para usar o Drex pode haver taxa.

O Brasil está sem dúvidas tentando ser tornar mais tecnológicos em suas relações financeiras internas e externas. Lembre-se como o Pix causou dúvidas, medos e preconceitos. Hoje é uma das formas mais fáceis de transferir dinheiro de forma rápida e segura. Trouxe uma revolução de como lidamos com o dinheiro. Será que Drex também vai cair nas graças do cidadão brasileiro?

Democratização financeira?

Segundo o site do Banco Central: “Os serviços financeiros inteligentes, por serem automatizados, programáveis, padronizados e conduzidos de forma segura dentro da Plataforma Drex, abrirão espaço para novos provedores de serviços financeiros e novos modelos de negócios. Dessa forma, a criação do Drex reduzirá os custos de transações financeiras tradicionais e inovadoras, favorecendo, em última instância, a democratização financeira.

Já em 2024?

O Banco Central acredita que até o final de 2024 o Real Digital já esteja disponível para todos. Sendo possível que as pessoas acessem suas carteiras virtuais através de instituições financeiras e bancos parceiros do programa.

Conclusão.

É esperado que o Real Digital, ou Drex, consiga diminuir os custos de operações bancárias e aumentar a participação dos consumidores no mercado financeiro que, por sinal, está sempre evoluindo.

Claro que precisamos ficar atentos a possível perda de privacidade que o Drex pode carregar. O futuro deve ser honesto, simples e respeitar Lei de Proteção de Dados. O legal é que as verbas do Governo devem também ser rastreadas e a informação ficaria mais transparente para onde o dinheiro público está indo. Desvio de verbas ficaria quase impossível. Já pensou em obras sendo pagas somente depois de entregues e validadas via contratos inteligentes?

E você, o que acha disso tudo? Deixe um comentário com sua opinião. 

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