Onde Investir? Quais investimentos são os melhores?

o tempo aliado do investimento

Esse é um assunto que gera muitas dúvidas e curiosidade: quais são as opções de investimento? Muita gente pensa que investir é algo complicado, arriscado ou que só serve para quem tem muito dinheiro. Mas isso não é verdade. Investir é uma forma de fazer o seu dinheiro trabalhar para você e de alcançar os seus objetivos financeiros.

Existem diversas opções de investimento no mercado, que se diferenciam pelo grau de risco, pela rentabilidade, pelo prazo, pela liquidez e pela tributação. Cada uma delas tem suas vantagens e desvantagens, e cabe a você escolher a que mais se adequa ao seu perfil e aos seus objetivos.

Para te ajudar a entender melhor as opções de investimento, eu vou dividir elas em duas grandes categorias: renda fixa e renda variável.

Renda fixa

É o tipo de investimento em que você sabe, no momento da aplicação, qual será o rendimento ou a forma de cálculo dele. Ou seja, você tem mais previsibilidade e segurança sobre o retorno do seu dinheiro. Alguns exemplos de renda fixa são:

  • Poupança: é o investimento mais popular e acessível do Brasil, porém não significa que seja bom. É isento de imposto de renda e tem garantia do Fundo Garantidor de Créditos (FGC) até o limite de R$ 250 mil por CPF e por instituição financeira. Porém, tem uma rentabilidade muito baixa, que atualmente é de 70% da taxa Selic mais a Taxa Referencial (TR), que está zerada.
  • Tesouro Direto: é o investimento em títulos públicos emitidos pelo governo federal. Tem baixo risco, pois tem a garantia do governo, e baixo custo, pois pode ser feito a partir de R$ 30. Tem diferentes tipos de títulos, que podem ser prefixados (com taxa fixa), pós-fixados (com taxa variável) ou híbridos (com parte fixa e parte variável). A rentabilidade varia conforme o tipo de título, o prazo e o mercado. Está sujeito ao imposto de renda regressivo, que diminui conforme o tempo da aplicação.
  • Certificado de Depósito Bancário (CDB): é o investimento em títulos emitidos por bancos para captar recursos. Possui baixo risco, pois tem a garantia do FGC até o limite de R$ 250 mil por CPF e por instituição financeira. Há diferentes tipos de CDB, que podem ser prefixados, pós-fixados ou híbridos. A rentabilidade varia conforme o tipo de CDB, o prazo e o banco. Está sujeito ao imposto de renda regressivo.
  • Letra de Crédito Imobiliário (LCI) e Letra de Crédito do Agronegócio (LCA): são os investimentos em títulos emitidos por bancos para financiar os setores imobiliário e agrícola, respectivamente. Apresenta baixo risco, pois têm a garantia do FGC até o limite de R$ 250 mil por CPF e por instituição financeira. Existem diferentes tipos de LCI e LCA, que podem ser prefixadas, pós-fixadas ou híbridas. A rentabilidade varia conforme o tipo de LCI ou LCA, o prazo e o banco. São isentos de imposto de renda.

Renda variável

É o tipo de investimento em que você não sabe, no momento da aplicação, qual será o rendimento ou a forma de cálculo dele. Ou seja, você tem menos previsibilidade e segurança sobre o retorno do seu dinheiro, mas também tem mais chances de obter uma rentabilidade maior. Alguns exemplos de renda variável são:

  • Ações: são as partes do capital social de uma empresa. Ao comprar uma ação, você se torna sócio da empresa e pode participar dos seus lucros e prejuízos. As ações são negociadas na bolsa de valores e têm o seu preço determinado pela oferta e demanda do mercado. A rentabilidade das ações depende do desempenho da empresa e das condições econômicas. Está sujeita ao imposto de renda de 15% sobre os lucros, exceto para vendas mensais inferiores a R$ 20 mil, que são isentas.
  • Fundos de Investimento: são os investimentos em que você aplica o seu dinheiro em um conjunto de ativos, que podem ser de renda fixa, renda variável ou uma mistura dos dois. Ao comprar uma cota de um fundo, você delega a gestão do seu dinheiro a um profissional qualificado, que vai escolher os melhores ativos para compor a carteira do fundo. Os fundos têm diferentes níveis de risco, rentabilidade, prazo e liquidez, conforme a sua estratégia e o seu regulamento. Estão sujeitos à tributação conforme a sua classificação (curto ou longo prazo) e o seu tipo (ações, multimercado, cambial, etc.).
  • Criptomoedas: são as moedas digitais que funcionam de forma descentralizada em relação às moedas fiduciárias, sem a intervenção de bancos ou governos. Porém, tirando o Bitcoin que é totalmente decentralizado, todas as outras tem um grau de centralização dos seus criadores/desenvolvedores. As criptomoedas são criadas e transacionadas por meio de uma tecnologia chamada blockchain, que garante a segurança e a transparência das operações. As criptomoedas são negociadas em plataformas online chamadas exchanges e têm o seu preço determinado pela oferta e demanda do mercado. A rentabilidade das criptomoedas depende da sua valorização ou desvalorização no mercado. Não estão sujeitas ao imposto de renda, mas devem ser declaradas no imposto de renda anual.

Essas são algumas das opções de investimento que existem no mercado, mas não são as únicas. Existem outras modalidades, como debêntures, fundos imobiliários, derivativos, commodities, etc. O importante é que você conheça as características, os riscos e as vantagens de cada uma delas e escolha a que mais combina com o seu perfil e com os seus objetivos.

Lembre-se: não existe investimento bom ou ruim, existe investimento adequado ou inadequado. Por isso, antes de investir, é preciso ter educação financeira e planejamento. Assim, você vai poder fazer o seu dinheiro render mais e realizar os seus sonhos.

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