Renda da vez: Fixa ou Variável?

Quem é quem

Renda fixa e renda variável são dois tipos de investimentos que apresentam diferentes riscos e retornos. A renda fixa é aquela que tem uma rentabilidade predefinida no momento da aplicação, como por exemplo, títulos públicos, CDBs, LCIs, LCAs, etc. A renda variável é aquela que não tem uma rentabilidade garantida, mas depende das oscilações do mercado, como por exemplo, ações, fundos de ações, fundos imobiliários, etc.

Renda Fixa

A renda fixa fica mais atrativa quando o cenário econômico é de alta inflação e juros, pois oferece uma proteção contra a perda do poder de compra e uma remuneração acima da média.

Renda Variável

A renda variável fica mais atrativa quando o cenário econômico é de baixa inflação e juros, pois estimula o crescimento das empresas e a valorização dos seus ativos.

Perfil é a chave

A porcentagem de renda fixa e renda variável que devemos ter na carteira de investimentos depende do perfil de cada investidor, que pode ser conservador, moderado ou arrojado. O perfil de investidor leva em conta a tolerância ao risco, o horizonte de tempo e os objetivos financeiros de cada pessoa. De forma geral, quanto mais conservador o investidor, maior deve ser a parcela de renda fixa na sua carteira. Quanto mais arrojado o investidor, maior deve ser a parcela de renda variável na sua carteira.

Diversificar é poder

É possível diversificar dentro da renda variável, sim. A diversificação consiste em distribuir os investimentos em diferentes ativos, setores, regiões e moedas, com o objetivo de reduzir os riscos e aumentar as chances de ganhos. Dentro da renda variável, é possível diversificar investindo em diferentes tipos de ações (blue chips, small caps, dividendos, etc.), fundos de ações (ativos, passivos, multimercados, etc.), fundos imobiliários (renda, desenvolvimento, híbridos, etc.), entre outros.

Quanto investir por mês?

A porcentagem mínima que devemos investir todos os meses depende da nossa capacidade de poupança (o que economizamos, e não o péssimo investimento oferecidos pelos bancões) e dos nossos objetivos financeiros. O ideal é que tenhamos uma reserva de emergência equivalente a 3 a 6 meses das nossas despesas mensais aplicada em um investimento de renda fixa com alta liquidez. Depois disso, podemos destinar uma parte da nossa renda para investimentos de médio e longo prazo, de acordo com o nosso perfil e planejamento.

Para quem estiver começando, pense em investir pelo menos 10% do que ganha. A medida que você for melhorando seu poder de economizar e evoluir sua qualidade dos gastos, poderá subir essa porcentagem de acordo com seus objetivos. Lembre-se, um bom planejamento, aliado a disciplina financeira, faz maravilhas ao seu futuro ( e ao seu bolso no longo prazo).

Como investimos?

As estatísticas de investidores em renda fixa e renda variável no Brasil mostram que ainda há um predomínio da renda fixa entre os brasileiros. Segundo dados da Anbima (Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiro e de Capitais), em 2020, 89% dos recursos dos fundos de investimento estavam alocados em renda fixa e apenas 11% em renda variável. Já em junho de 2021, 76% dos recursos dos investidores pessoa física estavam aplicados em produtos de renda fixa, enquanto apenas 24% estavam em produtos de renda variável. Esse cenário vem mudando nos últimos anos, com o aumento do número de investidores na bolsa de valores e a busca por maiores retornos em um ambiente de juros baixos. Como visto em 2021 com a taxa Selic bem baixa. 

Depois a Selic começou a escalar e chegou ao patamar de 13,75%, tornando a renda fixa uma ótima opção de investimento. Mas, muitos esquecem que nesse ambiente de juros elevados, a tendência é o Mercado precificar a renda variável de maneira a torná-la mais “barata”. E talvez, depois de estudar mais a fundo esse tipo de investimento, entenda que possa encontrar várias oportunidades na renda variável. Importante ter em mente que a economia acontece em ciclos. Se os juros estão elevados agora, significa que em algum momento com a queda da inflação, estes devem também cair e inverter as projeções de quem é melhor para investir: renda fixa ou renda variável.

Bons investimentos!